Diário de campo
Estou aqui
Diante de mim
Pequenos objectos
Um relógio
Chaves
Doutro lado de lá
Um pequeno montão de livros...
A janela fica do outro lado de lá...
Onde um pequeno remoinho de vento faz solidão...
Estou aqui!
Entre quatro grandes paredes...
Uma pequena porta de parede carcomida
Os escassos metros de mim
Fica o tecto.
Sim o tecto é de madeira e zinco
Pequenas silhuetas de fumo negro parecem
Restos escassos de teias de aranha
A esvoaçarem pequenas ondas
E havia noutra extremidade
Uma enorme quantidade de restos
Semelhantes a um enorme leito defunto feito de ferro e algodão
Eu ali
Feito estatueta de alma inteira
A gozar prisão domiciliária
Por conta própria.
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